quarta-feira, 5 de maio de 2010

Noite de Lua à Beira-Mar

Entornara num só gesto o trago que trazia na taça.
Esperava esquecer,
substituir de golpe a ressaca do grande amor
pela ressaca
dura e impessoal
da bebida.

Em vão.

Entregou-se então à ressaca das ondas da praia
a beijar enfim seu corpo
duro e impessoal
num último gesto de piedade
do mar.

7 comentários:

Anônimo disse...

Belo poema!

Abraços.

Max disse...

Obrigado pela inspiração.
Demais.

Gaby Lirie disse...

O mar sempre inspirador, e você sempre com belos poemas.

Grande Beijo!

Marina disse...

Linda imagem das ondas da praia a beijar seu corpo...

Adorei.

Marina disse...

Um consolo: a bebida. Ou o mar.

Anônimo disse...

isso me faz lembrar os encontros que eu tinha com um pessoal na beira mar...
e os luais

Deus do céu, é, eu preciso tirar uma carta náutica.

Unknown disse...

o poema e muito original, gostei muito e estarei visitando todos os dias.Nivia MAria