Espero gesticulando,
ou com as mãos para trás e os pés frenéticos
andando em círculos e levantando poeira.
Espero impaciente.
Corro atrás para chegar na frente,
assim espero.
Às vezes, eu me desespero
de tanto esperar.
Esgoto a frase até desvendar as entrelinhas,
vasculho teus olhos em busca de um brilho
que não seja lágrima,
dos teus olhos espero.
Adormeço para poder sonhar,
sonho para poder despertar.
Desperto, espero
oferecendo flores, canções, cartas, passagens, viagens.
Porque vivo de criar minha própria esperança,
assim espero.
Eduardo Trindade
11 comentários:
Vivemos de expectativas...
Beijos.
"Corro atrás para chegar na frente,
assim espero."
Você disse o que eu precisava ouvir há quase dois anos. Obrigada.
Interessante tua forma de expressar vida, pulsando, bem como seu sentimento.
te sigo! gostei do blog.
"Vasculho teus olhos em busca de um brilho que não seja lágrima,
dos teus olhos espero."
Ah, Edu! O desespero da espera
que acomete a nós que ainda acreditamos...
Traduziste-me tão bem hoje, com esses versos, que em minha garganta fez-se um nó...nada mais te posso dizer
um beijo pra ti
e a espera é o exercício da paciência. um dia a gente chega lá, espero.
beijo
Me vi muito nesse teu poema... Descreves bem a inquietude e o desassossego internos causado pela espera. O corpo reage, não é incólume.
Lembrou um poemeto meu: http://arianerodrigues.blogspot.com/2008/11/espera.html
Bjos e continuemos nossos diálogos poéticos.
interessante, pessoas que anseiam pelo tudo, pelo mundo...
Não sei esperar. Acho que isso é uma coisa boa, porque a gente termina fazendo mais que esperando.
Beijos!!
Ótimo poema!
Já citei o teu outro texto no meu e recomendei seu blog lá também :-)
Parabéns, viu? Tem muito talento!
vivemos da criaçaõ,
procriar,
para criar.
excelente blog!
um abraço.
Adorei o Blog !!! Parabéns !
Me senti compreendida , traduzida e resumida nessas palavras ;-)
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