quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Há vaga

No choro compulsivo
da criança
do andar de cima
descubro
o quanto anda
vazio
o meu apartamento.










versos e fotografia por Eduardo Trindade

10 comentários:

ítalo puccini disse...

excelente, eduardo.

pegou no ponto fraco. naquilo que ninguém percebe. mas que devemos.

parabéns!

tem algo de zeca baleiro lá no um-sentir :)

abraços.

Marina disse...

No choro compulsivo da criança no meu consultório... Eu vejo que ainda não estou pronta para levar uma pro meu apartamento.

Acabei com o seu poema, desculpa. Hahaha! Mas, como sempre, lindas palavras. As suas.

Talita Prates disse...

muito bom!
acho genial arrancar tanto sentido da cena cotidiana...

um beijo,

Talita
História da minha alma

Sentimentalidades-Todas disse...

Penso que, às vezes, o vazio é tão grande que nem percebemos ao certo o que nos falta.

Abraços Edu!

Mônica

Ana. disse...

pois então que uma borboleta bem bonita bata à porta e te abra um sorriso....

C. Cardoso disse...

Poético. Conciso.Bonito.

C. Cardoso disse...

As bailarinas da imagem são uma graça. São obra sua?

Aмbзr Ѽ disse...

solidão é uma faca de dois gumes.


http://terza-rima.blogspot.com/

nydia bonetti disse...

Que poema, Eduardo. Daqueles que tocam - fundo. Abraço!

Moni Saraiva disse...

As faltas preenchem tanto que nem damos conta do vazio.

E seja bem-vindo ao choque de realidade!

Gostei muito disso!

Abraços,

Moni