teleconferências,
Internet
(MSN, twitter, facebook e afins),
o universo
numa casca de noz,
três dimensões,
quatro dimensões,
realidade virtual...
Sim, está fundada uma nova espécie:
exultemos,
vivemos a era
do Homo virtualis.
Explosão demográfica,
ruas e calçadas
tão cheias de gente,
do novo Homo virtualis.
E as pessoas se esbarrando
presas no trânsito,
presas da rotina
(faminto tigre dente-de-sabre pós-moderno),
as pessoas batalhando
pela conexão nossa banda-larga de cada dia
e pelos domingos na praia
(congestionada de guarda-sóis),
essas pessoas
(orgulhoso Homo virtualis pós-moderno)
já não conhecem o que seja
humano de verdade.
Texto: Eduardo Trindade
Fotografia: Charles Chaplin em Tempos Modernos
5 comentários:
e há quem conheça?
e há uma definição para humanos de verdade?
quem sabe essa pessoas - que somos nós - estejamos desenvolvendo um novo humano de verdade (se é que é possível a verdade aqui).
gostei muito, cara.
propõe discussões das mais!
grande abraço.
poemas sobre o cotidiano me encantam. a maneira que vc tece nossa 'prisão' nessa realidade (realidade?) deixa o poema muito questionador.
http://terza-rima.blogspot.com/
admirável mundo novo - resta saber o que virá depois disso tudo. depois do pós-moderno, talvez a involução. talvez... abraço!
hipermodernidade, neo-contemporâneos, vida líquida? o que somos nós?
só sei que seguimos, em nossa ânsia de, contudo, navegar.
Abraços pra ti, Eduardo, e todo carinho, sempre.
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