(como n'O Livro do Desassossego)
O perigo da saudade é passar a gostar não de ti, mas da imagem que minha lembrança turva e cambiante faz de ti. É por isso que tento não chorar nas despedidas: para que meus olhos, límpidos, guardem uma visão mais pura do nosso amor. Mas choro, sempre; a memória é seletiva; e sigo com os olhos cativos de esperança. Quem sabe virás, com lágrimas mais puras que as minhas, construir comigo um espaço para novos sorrisos? O bom da saudade é que só ela pode dar gosto ao reencontro.
Eduardo Trindade
10 comentários:
"O perigo da saudade é passar a gostar não de ti, mas da imagem que minha lembrança turva e cambiante faz de ti."
Nossa, você resumiu em uma frase uma das principais dores dos amantes...
A relação que você tem com as palavras é uma coisa linda de ver.
Beijo
achei fantástico isso!
maravilhoso mesmo.
parabéns!
abraços.
Você é muito bom com as palavras. Diz com exatidão as coisas que vão aqui dentro e não encontram tradução.
É tão gostoso te ler.
A moça da floresta.
Muito bonito!!!
Olá olá, tô por aqui retribuindo a visita.
Já fazia um tempo que não via sentimentos assim em palavras, pelo menos, não tão bem expressos.
Bom texto.
Inté!
Eu vou te confessar uma coisa: estou com a aba do Firefox aberta tem um tempão, já fiz outras coisas, voltei, saí de novo, assisti filme e voltei... Mas não, não consigo comentar porque tu simplesmente disseste tudo, tudinho!
"O perigo da saudade é passar a gostar não de ti, mas da imagem que minha lembrança turva e cambiante faz de ti."
Muito bonito, muito certo!
Verdade Edu!
Belo *.*
Grande beijo.
verdade. encontros temperados com saudade sao mais autenticos.
http://terza-rima.blogspot.com/
que lindo!
doce sem ser piegas!
um beijo,
Talita.
saudades imensas...
vontade saber de ti... manda notícia?
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