terça-feira, 19 de outubro de 2010

Amarelinha

Menino,
pés descalços
na calçada da rua.

Pé ante pé,
o eco
ritmado.

Brinca de criança,
amarelinha
nas pedras da rua.

Pedra, piso,
quantos séculos
te pisaram?

Onde o menino
que corria
na calçada deserta?

Seco o espelho
da água da chuva,
poeira dos séculos.
versos e imagem por Eduardo Trindade

7 comentários:

Anônimo disse...

Menino criando barro nas areias do tempo.

Amei seu poema!

Beijo.

May-blog disse...

Depois de ler seu poema, passarei a dar mais valor e atenção às calçadas e pedras das ruas por onde passo todos os dias.
Parabéns pela criatividade e sensibilidade!
abraços blogosféricos
mayanne serra

ítalo puccini disse...

uma brincadeira tão inocente

faz brotar poema tão metafórico.

achei muito muito bom!

abraços.

Marina disse...

Correr pela calçada descalço: um prazer que a gente perde com o tempo. Nostalgia.

Olívia Comparato disse...

Pedra , piso, quantos séculos te pisaram?
Sensacional! Parabéns pelo poema, pelo blog!!!
bjs

Jo Braga disse...

Olá!
Obrigada por ter visitado meu cantinho.
O seu poema da praça XV caiu como uma luva na postagem do meu blog.
Quanto as Valsas Invisíveis , que maravilha ler um poema simples direto cheio de sensibilidade.
Adorei seu espaço.
Abraçoso

Aмbзr Ѽ disse...

adorei a nostalgia em cada verso.

http://terza-rima.blogspot.com/