nestas composições de metrô,
nestas rodoviárias do interior,
nestes aeroportos de conexão,
tanta gente, meu Deus,
que eu nunca voltarei a ver.
Um senhor de terno preocupado com a hora,
uma mulher de circo gritando com o filho,
um velhinho mirrado com medo de viajar,
uma moça aérea que lê um livro de poesia...
Tanta gente, meu Deus!
Se eu pudesse saber
o que pensava a moça de poesia...
O que terá achado do livro,
o que terá achado de mim?
Mas nossos olhares se cruzaram
e desconversaram
para nunca mais.
versos e fotografia por Eduardo Trindade
8 comentários:
"O metrô sempre tão cheio de poesia concreta..."
Muito bacana seu poema, Eduardo!
Quando observamos mais detalhadamente é mesmo possivel, ver os versos que andam por ai.
Belíssimo olhar poético! :) Um abraço.
esses lugares(metrô,rodoviaria,aeroporto) são os melhores lugares pra se observar pessoas,quando tenho chance adoro ir a lugares onde posso observar e imaginar a vida das outras pessoas.
Um abraço!
...o barulho do cotidiano explode em solidão...grande percepção Eduardo,
abraços
ns
Tuas palavras me fizeram lembrar da música da Maria Rita, Encontros e Despedidas... tantas voltas no mundo... tanta vida, encontros e desencontros... e como dizia Vinícius, "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida"
Abraços.
é fato. muito bem observado pela sua sensibilidade...
= )
beijo, moço
Olá querido poeta!
adorei a poesia!
me divirto e penso tanto quando estou diante de cenas como estas...é incrível!
quero pedir-lhe desculpas pelas demoras....a carta está pronta,falta-me tempo para ir ao correio...minha vida deu uma volta de 360º,lá carta eu te conto o motivo,rsrs.
mas não pense que me esqueci de ti!!
em breve,se tudo der certo eu te envio..
abraços poeta!
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