Sentia a atração do abismo.
Dedicado ao trapézio,
dispensava redes de segurança.
Seu mundo era um mundo,
seu sonho era um sonho
de glória e de aplausos.
Vivia de aspirar o vento
de suor frio e respirações suspensas.
Suspendia-se no ar.
Sustentava-se no infinito
de uma fantasia particular
com ares de bailado.
Ousava. Não sabia o que arriscava
até torcer o pescoço
(não havia redes de segurança)
atrás de um rabo-de-saia.
Lembrete: sexta-feira tem mais um texto meu nos Autores S/A.
Sítios maias em Belize
Há 8 meses
3 comentários:
Amigo Eduardo.
Atrás de um rabo-de-saia, é dificil a segurança. Tem que ser trapezista mesmo a sério.
Um abraço
Victor Gil
Não há bailado ou trapezista que mantenha a integridade física depois de acompanhar a dança de um rabo-de-saia, é fato.
Meus aplausos pra você. Adorei seu tom. E volto mais.
Beijo
Edu,
nunca temos a real dimensão do que arriscamos, até torcer o pescoço...ainda assim, quem resiste a um mergulho do alto do penhasco mais alto, de braços abertos e olhos semicerrados?
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Sempre passo por aqui para te ler, estou adorando esse blog. Gosto de degustá-lo aos poucos, como se apreciasse o melhor dos chocolates. Ontem, tentei insistentemente postar este comentário aqui, mas dava erro de página. Hoje,surpresa! Fiquei muito feliz, honrada, em receber um comentário teu.
Um abraço pra ti!
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