A pequena menina
de olhos redondos
com a boneca nos braços
encara o prédio gigantesco.
A cidade é um mundo.
Os carro passam
zunindo,
abelhas paquidérmicas.
As pessoas se apressam,
a cidade é um formigueiro.
O prédio cruza os braços:
o gigante assusta.
A menina de olhos redondos
fotográficos
registra lembranças
com a curiosidade dos pequenos.
Os olhos da boneca se abrem,
piscam.
De frente para o prédio
gigante de concreto,
a menina de mãos na cintura
mostra a língua.
texto e imagem por Eduardo Trindade
8 comentários:
adorei!
o poema foi desenhando sutilmente a cena...
quando eu era mais nova, adorava mostrar a língua, tenho várias fotos assim...hehe
beijo
... uma fotografia de um momento.
belos escritos!
abraços...
paulo
Que boa impressão tive ao ler pela primeira vez um escrito teu! Adoro as antíteses! Percebi ao longo do tempo que elas são uma constante na minha poesia. Mas, acho que é próprio e peculiar aos poetas de hoje em dia, desencontrados em meio às contradições da vida e incoerências sentidas!
Obrigado por visitar o blog! Seja bem vindo! Até mais!
Como eu gosto muito das coisas que você escreve resolvi deixar ums elo pra você la no meu blog,ok?Beijoos e espero que goste
... A imaginar a cena... o encontro desses mundos tao diversos. A grandeza da criança diante da grandeza de concreto do mundo... a leveza frente ao peso...
Como sempre, lindas palavras.
Abraços a ti.
Que delícia.
Ah, mas que lindo!!!
È belo!.
Jo
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