domingo, 4 de dezembro de 2011

Navio-Fantasma

Nuestro norte es el sur.
Torres García, artista uruguaio
Vaga, vela, remo, onda,
onde?
O sul é nosso norte.
Bússola quebrada,
maresia,
calmaria.

Este suor salgado de mar,
este mar banhado de dor,
este mundo sem história.
¡No pasarán!
O que foi já é passado.

Vaga, meu coração,
remo, vela,
tempestade,
este tempo
fora do tempo.

Pouso forçado, porto fechado,
a volta ao mundo
por não saber aportar.
Onda, vela,
volta ao meu mundo, coração,
a todo pano.
Eduardo Trindade

6 comentários:

Andrea de Godoy Neto disse...

que belo poema, Edu!

quando já não se sabe do tempo, ou do porto ou de qualquer porta...o coração é vela sempre aberta ao vento do longe

abraço pra ti!

Gaby Lirie disse...

Belo poema!

O coração vai e volta, leva e traz, entre esse mar sem fim.

Beijos!

Cla452 disse...

Retribuindo a visita!^^

Ainda passearei pelo seu jardim, sei que brisa trará sublimes odores.

Luis Gustavo Brito Dias disse...

- o coração sozinho não sabe aportar.

Pamela Moreno Santiago disse...
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Aline V. disse...

fazia tempo que não passava por aqui, mas tinha certeza que encontraria algo de encher os olhos... lindo poema!