sábado, 2 de julho de 2011

Vertigem

Esta vertigem pensei que se devesse à tua presença.
Então veio a noite
e pensei que se devesse à tua ausência
esta vertigem.

Atrás de ti a porta aberta,
esta friagem,
aragem.

Uns olhos úmidos,
imperfeitos,
nunca confessaria que fossem por ti
(perfeição).

As paredes giram,
a janela,
as estrelas,
vertigem!

Mil rostos giram,
espelho e caleidoscópio,
vertigem.
Vejo-te em cada rosto
mas não estás
no quarto vazio
que é só
vertigem.

versos e fotografia por Eduardo Trindade

5 comentários:

Francisco Casa Nova disse...

... e nessas vertigens sombras do que resta pensamento medo do que foi saudade ausência sem cor, e os rostos queremos apenas um qualquer, um que nos angustie menos que tape isso tudo que nos arde, mas que na manhã seguinte se levante e vá embora, pois não era isso que se queria, enfim, queria apenas uma memória antiga, dessas que as feridas não cicatrizam, queríamos apenas aquilo que foi ontem!

pois bem abs! mt bom tudo isso por aqui!

Anônimo disse...

Quando tudo é vertigem, não se sabe onde o sonho começa.

Moni Saraiva disse...

Vertigem, sonho, desejo, consciência???

;-)

Beijos,

Moni

Anônimo disse...

a ausência é um bom tema para sonatas, mas é um péssimo lembrar para quem vive...

teu texto me deu alegria e pesar... isto significa que ele é forte, dura...

=)

Max disse...

Passando pra dizer que gostei. Bastante.
Abraço.