Cadê a poesia que estava aqui? O gato comeu. O amor, o vento levou. Respeito, carinho, amizade? Teriam sido varridos para baixo do tapete? E se nos revoltarmos diante das frases feitas? Das palavras bonitas que só são bonitas porque alguém quis assim? De tão bonitas, ficaram vazias. O amor como uma modelo de passarela, de que serve? O Pequeno Príncipe como personagem de um livro que todo mundo leu, que ninguém realmente leu. E as citações tão citadas que perderam a força, moldadas que foram à força das conveniências? E a mentira repetida até virar verdade? E se a verdade se confundir com a mentira autenticada? Quando eu pegar novamente na tua mão, terá este toque o simbolismo de antes? O que vou sentir quando te arrepiares? E se não te arrepiares? Sigo em frente, até teu pescoço, tua garganta, tua medula, o recôndito em que se escondeu tua esperança. Lá onde mora o sonho descobrirei novas palavras para o meu sonho, descobriremos juntos, talvez, sílaba a sílaba, passo a passo, um nome para nosso desejo secreto de seguirmos lado a lado.
texto e imagem por Eduardo Trindade
14 comentários:
que bonito, Edu! penso mesmo que algumas coisas precisam ser ressignificadas, para que as salvemos da banalidade que nos cerca.
beijos
as palavras e isso que elas nos fazem. ou que fazemos com elas!
ficou muito bom.
abraço.
Perfeito, Eduardo...
Tenho pensado também nessas banalizações, lugares-comuns, no quão epidérmicas vão ficando as coisas, os sentimentos, os "recortes" de poemas...
Bom perceber a busca pelo inteiro. O lado a lado, o dois que é muito mais que um mais um...
Beijos e ótima semana pra ti!
Eduardo
Não sei o que mais impactou
Se seu manifesto contra a vulgaridade e mesmice de significados ou a imagem...Ah, e que imagem...
Como disse a Andrea, lá encima, ressiginificar é necessário!
Abraços, querido
Mônica
Gostei do palavreado...
Reiventarmo-nos é preciso!
Muito bom estar aqui de novo...
nao sei se lembra de mim, mas eu visitava muito este blog. passei um tempo afsatada e agora voltei a acompanhá-lo. iniciei um novo projeto em outro endereço.
http://terza-rima.blogspot.com/
e o que dizer de seu texto?
uau. parei, li reli, choquei. nada mais é do que a verdade. é só o que precisamos sentir, saber conhecer.
Nossa, Eduardo!!!!
Estou mais ainda emocionada com a imagem. Irreconhecivel. É o mangal mesmo ahhhhhhhh, que lindo
Aquela beira de rio sempre me alegra, me faz mais apaixonada por Belém.
vc chegou a ir no barzinho que tem ao lado desse trapiche? chama Mormaço. Um buteco-palafita com uma vista deslumbrante...
Abraços!!!
Maravilhoso texto, encantandor! Parabéns!
Encantador * (perdão)
Gostei tanto *___*
Nunca li o Pequeno Príncipe. Pelo menos não sou dos que "leu sem ler". Um dia...
Bjs!
Maravilhoso!
seguindo...
beijos,
www.agridoceassim.blogspot.com
Edu tem selo no meu blog para você.
Grande Beijo!
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