sexta-feira, 2 de abril de 2010

Bolero, samba e silêncio


Já ouvira Iglesias, agora ouvia Caymmi. Este, uma excelente maneira de fingir felicidade.
Uma frase, uma única palavra mudaria o seu destino e o seu sorriso. Mas o telefone não tocava, o computador nem piscava, o carteiro não aparecia.
Resignou-se, tomou um pedaço de papel, escreveu, de si para si, a frase esperada.
Eu te amo.
E a noite chegou em silêncio, o samba esquecido no fundo de um beijo que não acontecera.

por Eduardo Trindade

4 comentários:

Sylvia Araujo disse...

A melhor declaração de amor é a que fazemos para nós mesmos... E que a noite venha, aconchegada pelo silêncio inteiro, mesmo quando estamos pela metade.

Lindo, Eduardo! Adorei a descrição de Caymmi.

Beijomeu e obrigada pelo cafuné lá no meu canto. Apareça qualquer dia no meu outro blog, o Abundante-mente!

Anônimo disse...

Tbm gostei do ritmo dos seus versos.

Obrigada pelo comentário tão gentil =).

Beijo.

Ariane Rodrigues disse...

Já falei como gosto dos teus comentários? Pois é... Eu, ao contrário, não sei bem como comentar teus escritos embora me sinta sempre tocada de certo modo e isso eu já comentei antes né? Bjos, querido!

Débora Almeida disse...

Esse silêncio é fogo, viu! Mas, nem assim te rouba de si, do artifício da escrita. Quem escreve nunca está sozinho. Abraço