Um sol, uma casa... Um menino
emerge, por encanto, do chão.
Sorri, sorrio. E dançamos juntos
de mãos dadas em frente à casa
onde eu costumava brincar.
O sol se faz luz e raios
enquanto dura o dia.
A tarde é grande aos olhos de criança.
Que retêm o tempo. As sombras se alongam,
enfim, então vem a noite
e com ela uma nuvem molhada
restitui o menino à calçada,
os rabiscos ao nada,
a compostura ao homem feito
e parto, intimamente radiante
como um sol cor de tijolo.
versos e imagem por Eduardo Trindade
10 comentários:
"A tarde é grande aos olhos de criança. Que retêm o tempo."
Este é o verso mais bonito!!!
"E dançamos juntos
de mãos dadas em frente à casa
onde eu costumava brincar."
imaginar que a vida é feita disto de dança e música e que pode ser triste mas vale a pena ser alegre!
mesmo quando chorar felicidade é tudo existe uma opera e com ela valsa dentro de mim!
‘Conseguiste’
num passe de imaginação
eu criança
num momento antigo
com um tijolo
rabiscando o chão.
abraços
ns
Quantas saudades destes versos!
Me vi desenhando,pulando amarelinha,e o tempo,apagando tudo e todos que sorriam comigo...
Belíssimo!
Gostaria de informar-lhe que depois de meses,uma carta tomará rumo ao Rio...
abraços poeta!!
Me senti criança novamente e me deu vontade de brincar de amarelinha....depois senti o cheiro de terra molhada apagando os rabiscos de giz no chão. Muito lindo seu poema. parabéns.
Qualquer pedra que riscasse o chão era minha companheira por horas. Hoje em dia, nem em papel ando desenhando. Deu saudade.
Lindos versos. Beijos!
"Desenho toda a calçada
Acaba o giz, tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou" (giz, Legião Urbana).
Mergulho, dança, reencontro. as palavras aqui ensaiam passos de valsas serenas que fazem o corpo todo sorrir. e sentir o mundo que há no nosso de meninos grandes.
Obrigada por estes encantos todos, Eduardo... grande abraço pra ti.
Que bo-ni-to!
Amigo, só hoje vi teu comentário no Miríade sobre o Menino do Pijama Listrado. Foi um filme, e um livro mais anda, daqueles que fazem a vida da gente mudar. Não uma mudança drástica, uma miudinha. Depois de ver o filme ficou tudo diferente... com o livro idem.
Bjo, bjo. E conversamos por aí!!
ma-ra-vi-lho-so.....tranportou-me à minha infância...à minha calçada...à mim mesma!!!
agradeço-te por esse momento..
Também lembrei do Renato.
Lindo poema.
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