quinta-feira, 21 de abril de 2011

Mural

Palavra amarga entre dois nós,
azedume que trava a língua,
travalínguas.
Frases feitas
tão singelas
e impronunciáveis,
poema que nasceu sem ser gerado,
geração perdida,
quem há de se encontrar?
Busca-se um teto para alojar versos,
busca-se adoção para
os confusos desesperos
da língua.


por Eduardo Trindade

6 comentários:

Laísa disse...

vontades impulsivas escorrendo pela língua.

Victor Gil disse...

Olá Eduardo.
Para além de passar para te ler, passei também para te desejar uma Feliz Páscoa.
Um abraço
Victor Gil

Carlota Pires Dacosta disse...

Tentando encontrar-se no nada
Perde-se toda uma geração
Palavras saem e não voltam
Palavras marcam o coração

Francisco Casa Nova disse...

como drumond, a simplicidade fez-se presente por aqui, palavras simples, poesia, versos e dizeres...poema que nasceu sem ser gerado... brotou do leve apelo sentido do que se passa aos olhos e se vê em tempos nossos!

abs e mt coisa aser dita ainda,tô seguindo!

Leila disse...

''poema que nasceu sem ser gerado,
geração perdida,quem há de se encontrar?'' amei essa parte em especial! incrível! parabéns!

Marina disse...

"Um teto para alojar versos"

Acho que eles encontraram um lar.
Lindas palavras, Edu.