Toca o sino da igrejinha.
Cidade pequena de praça e coreto,
gente simples de rotina sempre a mesma,
tão sempre a mesma gente, meu Deus!
Igreja eternamente cheia de senhorinhas carolas,
cores sóbrias e terços nas mãos,
a vida inteira a escorrer lá fora.
Sempre a mesma vidinha sem graça, meu Deus,
e sempre a mesma confiança cega
de que tudo vai melhorar
no Natal, no ano que vem, na próxima estação...
Mas (pergunta alguém) as coisas não melhoram?
Diz o velhinho na praça: se melhorar, piora.
texto e fotografia por Eduardo Trindade
8 comentários:
olá guri
bem as vezes nos encontramos neste estado da mesmisse
tudo parado nada se movimenta
ai vale tu se movimentar e fazer as coisas andarem
bjo grande
cotidiano nosso :)
ficou muito bom, gostei!
abraços.
A vida é assim mesmo.
às vezes é melhor um estado pacato de normalidade e sossego para nossa inspiração, em vez de uma agitação cujos resultados são imprevisíveis.
Abraços blogosféricos ^^
Mayanne Serra
Há um eterno que as pessoas insistem em empurrar com a barriga.
Beijo!
Mas é precisamente essa espécie de esperança eterna e inabalável que admiro no povo brasileiro... aqui o meu povo português, o povo do fado, que lavava no rio, como cantava Amália Rodrigues, espera sempre que piore, acha sempre que aqui é tudo mau. Apesar de tudo, acho que o Brasil ficou com o lado feliz da alma, nós ficámos com o lado triste e fatalista. Talvez por isso somos países irmãos, que se completam.
Abraço transatlântico!
Querido, há um 'recadinho' para você em meu blog!
Estou precisando passar umas horinhas por aqui para colocar a leitura em dia :)
Um abraço!
As vezes as coisas mudam e a gente continua a sentir na mesmisse mesmo.. Vida besta!
Foto lindíssima!
Por vezes as pessoas seguem tão à risca o seu caminho, que esquecem de olhar para o lado e sonhar...
Um abraço de Portugal!
Carlota Pires Dacosta
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