sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ciranda

Uma brincadeira de roda, rodava a ciranda.

Num sonho antiquado, o rondó dos cavalinhos.
Num cavalo de cancha, uma aposta milionária.
Num lance frustrado, tudo pelo espaço.
Espaço exíguo, a busca por ar,
o ar fresco das noites de lua,

os beijos abençoados, um dia, por uma noite...

Todas as fases da lua,
as voltas da vida,
o rodar da baiana,
a falta de ar
que dava a ciranda,
o espaço
de uma aposta,
o sonho antiquado
nas noites de lua,

minha boca na tua.

versos e fotografia por Eduardo Trindade

5 comentários:

ítalo puccini disse...

e do poema se faz ciranda, sim, também,
e muito bem.

adorei.

passe no um-sentir e veja o que vc já leu da imagem que lá está :)

abraços.

Aline V. disse...

"o rondó dos cavalinhos" me lembrou uma aula inteirinha sobre o poema do Manuel Bandeira!
Gostei muito desse, Edu, ainda mais porque mencionou a minha paixão, a lua, hahaha
Parabéns!

Aмbзr Ѽ disse...

uma beleza de poema, cheio de candura, simpicidade e mais beleza.

http://terza-rima.blogspot.com/

Celso Andrade disse...

Palavras,
belo tanlento o seu, escrita praticular..

abraço

Ariane Rodrigues disse...

Putz, Edu!

O movimento do poema faz tudo girar, como a roda da vida. E as mudanças ainda.